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Opinião Econômica

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Colunista

Infraestrutura do ES precisa do olhar do governo federal

É fundamental que o Executivo federal assuma compromissos com o Estado, com quem tem uma dívida histórica

Cris Samorini | 26/06/2023, 14:42 h | Atualizado em 04/03/2024, 18:28

Imagem ilustrativa da imagem Infraestrutura do ES precisa do olhar do governo federal
Cris Samorini é presidente da Findes |  Foto: Divulgação

Existem muitas iniciativas que podem estimular o crescimento socioeconômico de um Estado e de um país, e não tenho dúvidas de que uma delas passa pela estruturação logística, com a combinação de modais rodoviários, portuários, ferroviários e aeroviários eficientes.   

Uma agenda de infraestrutura bem planejada e executada pode ser capaz de mudar o curso do desenvolvimento de uma região. 

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A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) acredita que o Estado se encontra justamente no momento em que escolhas de projetos estratégicos e decisões pautadas em análises técnicas podem dar fôlego para a nossa economia.   

Sem dúvidas, o anúncio do governo federal – de que prevê lançar um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é relevante.

Ele  pode vir a ser um importante instrumento para estimular a criação de empregos, melhorar a infraestrutura, aumentar a produtividade e a competitividade. 

Mas, para que de fato gere esses impactos positivos, é fundamental que o Executivo federal assuma compromissos e tenha um olhar diferenciado para o Estado, com quem tem uma dívida histórica.  

Já passou da hora de o Espírito Santo ter projetos de infraestrutura que se transformem em marcos no desenvolvimento e na integração regional, como aconteceu no início do século 20.

Naquela época, a Ferrovia Vitória a Minas foi inaugurada. Já nos anos 1940, o Porto de Vitória começou a operar; e nas décadas de 1960 e 1970, portos como os de Tubarão e Portocel, respectivamente, se tornaram referências mundiais em seus ramos de atividade. 

Sabemos do empenho do governo do Estado e de parlamentares capixabas sobre o tema, além de entidades como a Findes, que tem essa agenda como prioritária. Mas sem planejamento conjunto no âmbito federal, esses esforços serão desperdiçados.  

Precisamos resolver, por exemplo, a duplicação das BRs 101 e 262. É urgente mudar a realidade das más condições das nossas estradas.

O cenário atual, além de oferecer mais insegurança para quem trafega pelas rodovias, inibe o turismo e onera o setor produtivo. 

Para se ter uma ideia, os custos logísticos correspondem a 12,3% do PIB. No âmbito das empresas, os gastos com logística representam 7,6% de suas receitas líquidas. Se queremos ser mais competitivos, precisamos atacar esses problemas.  

Por isso, é tão importante que o debate sobre o futuro da infraestrutura mobilize toda a sociedade capixaba. 

Afinal, investimentos nessa área têm o potencial de irradiar oportunidades e abrir caminho para tornar, de uma vez por todas, o Espírito Santo uma referência de hub logístico para o Brasil para o mundo.

Cris Samorini é presidente da Findes

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