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Olhares Cotidianos

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Colunista

Você ama o outro ou aquilo que você deseja dele?

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (22)

Sátina Pimenta | 22/02/2024, 14:22 14:22 h | Atualizado em 22/02/2024, 14:21

Imagem ilustrativa da imagem Você ama o outro ou aquilo que você deseja dele?
|  Foto: Canva

Quando engravidamos ou quando apenas nos tornamos sujeitos desejantes de criar uma vida, acabamos desde o início imaginado como será a vida deste ser. Nós decoramos o seu quarto com temas que remetem a este desejo, inclusive: safári-aventureiro, balões-exploradores, clean-médicos, foguetes-astronautas, rosa-princesa-meiga, etc. E durante a vida dos nossos filhos continuamos a desejar como viverão, quais serão seus passos e seus desafios.

Escondemos este desejo atrás de uma frase. Não quero que ele (a) sofra. Mas não só com filhos fazemos isto, realizamos esta lógica também nas outras relações.

Lembro-me que um dia fiz uma viagem de amigas com um amiga de longa data, conversa vai, conversa vem, eu falei com ela que não imaginava que ela seria uma pessoa que fosse se apegar a algum lugar, achava que ela seria uma pessoa que viajaria o mundo e que teria experiências incríveis.

E, inclusive, na minha prepotência, disse que ela estava perdendo uma grande oportunidade de viver este sonho ficando aqui parada. Ela me olhou seriamente e me perguntou: “Você já me perguntou o que eu desejo para mim?”, e continuou: “Isso talvez é o que você deseja para mim (ou para você), mas eu posso desejar outra coisa”. 

Viktor Frankl, psicólogo e criador da logoterapia, afirma que podemos encontrar o sentido da vida que nos guiará em nossa caminhada no amor.

Ele ressalta que este amor nos leva a ter o comportamento de potencializar o que de mais maravilhoso possui o outro que amamos, mas alerta: o amor deve ser destinado ao sujeito puro! Como assim?

Devemos amar a essência do sujeito, quem ele é e não quem achamos que ele deveria ser. Porque senão, não é amor e, portanto, não é o real sentido da vida.  Muito facilmente vemos isto nas relações afetivas-amorosas-sexuais! Quantas vezes você colocou no outro aquilo que você desejava que ele fosse?

Isto é extremamente comum, pois projetamos no outro aquilo que desejamos para nós! Na psicanálise de Freud, a projeção é entendida como um mecanismo de defesa, onde expulsamos de nós e colocamos nos outros (pessoa ou coisa) aquilo que, na verdade, nos pertence: sentimentos, desejos, afetos, entre outras coisas.  

O problema é que o outro tem livre arbítrio e ele pode escolher te decepcionar.  Na verdade, na maioria das vezes vai, pois ele precisa defender a sua personalidade e não pode permitir se tornar marionete de outra pessoa.

Lógico isto se ele for saudável mentalmente. Então, um dos grandes desafios das relações é entendermos que precisamos amar o que existe e não o que desejamos existir. E ainda percebermos quando estamos agindo para tirarmos de nós a angústia daquilo que não temos ou não poderemos ter.

Fácil não é! Mas se você leu até aqui, é sua obrigação não deixar mais de fazer esta reflexão, pois, afinal, você é você e o outro será sempre o outro.

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