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Olhares Cotidianos

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Colunista

Passando pelos estágios da vida

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (06)

Sátina Pimenta | 06/06/2024, 10:54 10:54 h | Atualizado em 06/06/2024, 10:54

Imagem ilustrativa da imagem Passando pelos estágios da vida
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Passando pelos estágios da vida. Eu tenho duas avós, uma Deus levou embora há algum tempo e a outra vive fazendo estripulias por aqui. Quando eu explico em sala de aula a matéria de Psicologia do Desenvolvimento gosto de usar um psicanalista chamado Erik Erikson.

Aprecio sua teoria, pois, a meu ver, é uma das mais completas para compreendermos os estágios do desenvolvimento pelos quais passamos e também porque ele apresenta com clareza que a cada estágio precisamos ultrapassar uma crise.

Portanto, diferente do que dizemos por aí, nenhuma das fases é ausente de problemas, nós somente divagamos que possuímos mais problemas que uma criança de dois anos porque já esquecemos todas as dificuldades que tivemos que enfrentar nesta época. Tanto que muita gente pode estar lendo este texto e dizendo - assim como eu diria – “Deus que me livre ser adolescente de novo”.

O fato é que não importa a idade, todos nós estamos enfrentando alguma batalha; desde a minha pequena Aimée de 2 anos, ao meu pré-adolescente Knauê de 12, a mim com 41, aos meus pais com seus 70 anos, a minha avó com 91 anos. Todos estamos passando por crises que requerem mudanças e estas em sua doem.

Contei sobre os estágios psicossociais, pois acho fundamental refletirmos o último deles: desesperança x integridade. Segundo o estudioso quando chegamos neste estágio já realizamos – teoricamente muita coisa na vida. Já descobrimos quem somos (identidade x crise da identidade) já nos relacionamos (intimidade x isolamento) e já produzimos algo para o mundo (generatividade x estagnação).

Eu iniciei o texto falando que tinha duas avós, a que se foi – minha mãe – avó Laurita Gomes e a que ainda esta aqui – minha avó furacão Nilza Carvalho, ambas estão ou estavam neste estágio.

Quando a primeira, já com 80 e poucos, ficou doente devido a um AVC a desesperança tomou conta dela. Ela olhou para seus 5 filhos, 9 netos e 5 bisnetos e disse “chega”! Ela foi desistindo de lutar pela vida, pois estava cansada e tudo que podia fazer ela já tinha feito – Cuidar de nós! E triste ela partiu.

Na outra ponta há minha avó paterna. Por ela a vida é uma grande festa. Passou por mal bocados quando ficou viúva com 5 filhos pequenos, mas como costureira fez a vida acontecer, sendo a grande matriarca. Você já deve ter ouvido falar da Dona Nilzinha do Bairro do Expedito (Miss Espírito Terceira Idade).

Se não, um dia ainda vai, pois não importa o quanto as dores venham, se tocar uma música alegre ela dançará.

Minhas avós viverão a vida que queriam e cada uma escolheu ou escolherá a maneira mais justa de ir. Porém, é preciso que tomemos cuidado com os estágios que passamos.

Brinco que com meus alunos que viver é igual jogar videogame, não adianta matar só o chefão, tem que pegar as moedas, enfrentar os inimigos que parecem bobos, mas garantem pontos e experiência, tem que descobrir as fases escondidas que dão presentes incríveis para depois subirmos ao pódio nos primeiros lugares.

Cada fase dependerá de você. E aí, como você vai decidir jogar?!

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