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Olhares Cotidianos

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Colunista

Já deu parabéns para uma mulher hoje?

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (14)

Sátina Pimenta | 14/03/2024, 10:21 10:21 h | Atualizado em 14/03/2024, 10:21

Imagem ilustrativa da imagem Já deu parabéns para uma mulher hoje?
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Mas o Dia da Mulher foi em 08 de março? Esta é a questão. Por que apenas em um dia do ano parabenizamos as mulheres e a chamamos de guerreiras, sábias e importantes para a sociedade? A luta da mulher para desbancar discriminações, estereótipos e desigualdades de gênero é secular e precisa ser reforçada todos os dias de nossas vidas.

Precisamos o tempo inteiro brigar para sermos ouvidas, para ocuparmos lugares que falam que não nos pertencem e ainda lutar para nos mantermos nestes lugares sem sermos rechaçadas ou tidas como incompetentes (isto serve tanto para uma plenária na Assembleia Legislativa do Espírito Santo quanto para nossa casa).

Ocorre que o dia 08 de março teve a sua essência deturpada, ao invés de viabilizarmos em todos os espaços possíveis resoluções para a diminuição do machismo estrutural, ganhamos bombons que amolecem e flores murcham! E quando o dia 09 chega, as mesmas pessoas que nos presenteiam são as que nos humilham, agridem e desconsideram (às vezes nem esperam o dia seguinte, né?!).

A data do dia 08 de março é oficializada como o Dia Internacional da Mulher pela ONU (Organização das Nações Unidas) somente em 1975, mas antes disso houveram Evas, Pandoras e “bruxas” sendo entendidas como o mal da Humanidade.

Tiveram incêndios, assassinatos, sufragistas, passeatas, marchas e mais mortes; existiram Joana D'Arc, Maria Quitéria, Virginia Woolf, Rosa Parks, Frida Kahlo, Simone de Beauvoir, Marie Curie, Ada Lovelace, Santa Maria Dulce, Nise da Silveira, Nísia Floresta.

Portanto, não quero aqui dizer que presentear não é importante e nem que um dia que tenha foco na luta da mulher e da igualdade de gênero é indiferente. Quero só que todos reflitam que só um dia não basta para se apoiar tal causa.

Todos os dias, todos nós, homens e mulheres, devemos ter atitudes que garantam os direitos conquistados e vislumbrem os direitos que ainda devemos ter.

É preciso uma mudança cultural, política, social, familiar e individual. É preciso que ensinemos nossas crianças e que, porque não, ensinemos àqueles que ainda não possuem a consciência, o efeito da dor da desigualdade. Então, lhes digo, amo flores, mas prefiro o respeito diário!

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