Emocionados: o que são? Onde vivem?
Coluna foi publicada nesta quinta-feira (07)
Conforme o dicionário, uma pessoa emocionada seria aquela que expressa emoção; que está repleta de comoção ou se comove com facilidade. Na sociedade atual, a expressão vem sendo usada para indicar pessoas que rapidamente se entregam a uma relação, mesmo as não formais, não possuindo amarras quando desejam falar o que pensam e o que sentem!
Mas isto não seria algo bom? E vamos a palavra mais linda da psicologia! Depende! Todos nós possuímos alguns requisitos para nos enamorarmos!
Cada um os constrói a partir de sua personalidade e das expectativas que possuo sobre sua vida e sobre o futuro. Assim sendo, se eu conheço uma pessoa que aparenta ser aquilo que eu desejo para mim, por que não investir nisto?!
Por que não expressar o que sinto, desejo e almejo?“Ah, mas é preciso conhecer a pessoa para depois fazermos isto”! Então, você que não quer que ela te conheça na sua real forma! Já que não quer ofertar a ela o que sente de verdade! Das duas uma: ou vocês serão compatíveis com os desejos e expectativas ou não! Porém, é preciso que você saiba que o que você sente é real ou não! Precisamos compreender o que é sentimento real – que nos pertence como Ser munido de autoconhecimento – e o que é carência.
Pois, por vezes, nos enfiamos em todos os tipos de relações, saudáveis ou não, apenas porque desejamos nos relacionar.
A teoria do apego, desenvolvida por John Bowlby, desenvolve a Teoria do Apego analisando a relação de crianças e seus cuidadores e as consequências destas no desenvolvimento emocional e social ao decorrer da vida.
Ele propõe alguns estilos de apego que são desenvolvidos posteriormente por Mary Ainsworth. Sendo um deles Apego Ansioso-Ambivalente/Resistente, onde a criança se sente insegura mesmo tendo o cuidador por perto.
A consequência na vida adulta é de uma pessoa que busca excessivamente aprovação, sente-se inseguro e incompleto, tem medo da solidão, e que almeja de forma intensa conexões emocionais (mesmo sendo rejeitada).
Portanto, esta pessoa não compreende o que deseja realmente, pois está somente tentando amenizar as dores que outrora foram construídas.
A importância da terapia é a compreensão do que originou esse comportamento e construir novas formas de se relacionar consigo e com o outro. Agora, se você se conhece, sabe o que quer e o que está sentido! Não há motivos para esconder o que sente! Seja um emocionado consciente!