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Ciência e Tecnologia

Ministério da Ciência propõe parceria para construção de satélite com a Nasa

Anúncio foi feito durante a visita do administrador da agência espacial dos EUA, Bill Nelson, à sede do Inpe, nesta terça-feira (25)


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Imagem ilustrativa da imagem Ministério da Ciência propõe parceria para construção de satélite com a Nasa
Imagem ilustrativa |  Foto: Reprodução/Canva

O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) propôs à Nasa (agência espacial americana) um acordo para desenvolvimento de um satélite conjunto com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A ideia seria que Brasil e Estados Unidos colaborassem no desenvolvimento de um novo equipamento, mas ainda não há informações sobre que papel ele desempenharia.

O anúncio foi feito durante a visita do administrador da agência espacial dos EUA, Bill Nelson, à sede do Inpe, em São José dos Campos (a 97 km da capital), nesta terça-feira (25).

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Nelson ofereceu ao Brasil a possibilidade de acessar dados de satélites que serão lançados pela Nasa: um que, usando tecnologia de radar, consegue enxergar o que acontece sob a copa das árvores, e outro que deve analisar corpos d'água e poderia medir, por exemplo, o impacto no oceano de resíduos que chegam através dos rios. 

"Ele veio trazer aqui possibilidades de melhor o 'imageamento' da Amazônia com tecnologias que eles desenvolveram", afirmou a ministra Luciana Santos, que chefia o MCTI. "Nós estamos abertos a aproveitar isso", disse, acrescentando que propôs que a parceria que já existe entre os dois países seja ampliada.

Luciana também propôs que o Inpe atue como "hub regional", reunindo os dados coletados dos satélites da Nasa e disponibilizando para os países da América Latina.

Clezio de Nardin, diretor do Inpe, que faz parte do ministério, falou que foi proposto, então, que o Brasil não fosse meramente o receptor destes dados, mas que também houvesse uma parceria para criar um novo satélite que use tecnologia de radar (que amplia o detalhamento e o escopo dos dados observados).

"Essa foi a nossa proposta concreta: não simplesmente receber a oferta, mas também propor. Vamos cooperar, vamos fazer um satélite a mais juntos, vamos fazer um desenvolvimento conjunto?", explicou.

O administrador da Nasa sinalizou que, assim como a agência coopera com outros países no desenvolvimento deste tipo de tecnologia, isso também poderia acontecer em relação ao Brasil. "Por que nós não poderíamos fazer isso com o Brasil? Nós podemos", disse.

A agenda do americano no Brasil também incluiu uma reunião com o presidente Lula (PT), em Brasília, na última segunda-feira (24), e uma visita à Embraer. Nesta quarta (26), ele segue para a Argentina.

Nelson também contou, bem-humorado, que em sua reunião bilateral com Lula percebeu que o petista é um "fã do espaço".

"Ele me perguntou algo como, 'existem marcianos?'. Eu disse que não sabia, porque nós coletamos amostras da superfície de Marte, mas ainda não as devolvemos à Terra para examiná-las. Porém, eu disse a ele que estamos procurando por alienígenas", disse, rindo.

A intenção de firmar um acordo para utilização dos serviços da Nasa no monitoramento do desmate e do uso da terra no Brasil já tinha sido indicada após o encontro com Lula. As tratativas, no entanto, estão no nível inicial e ambos os lados ainda devem analisar o que foi proposto em diferentes níveis burocráticos até que seja firmado algum acordo.

O Inpe já produz dados de desmatamento usando imagens de satélite, tanto em tempo quase real, com o sistema Deter, como de escala mais longa, com o Prodes.

No primeiro caso, as informações são usadas para orientar ações de fiscalização na Amazônia e no cerrado de órgãos como Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). Já os resultados do Prodes são os dados oficiais de destruição nos dois biomas, divulgados anualmente, para o direcionamento de políticas públicas.

Ainda não está claro de que forma os dados oferecidos pela Nasa fariam parte deste ecossistema de monitoramento da floresta. Na segunda (24), a ministra Luciana Santos disse que o acordo seria condicionado à avaliação da real necessidade destas ferramentas, da viabilidade do cruzamento de informações com as produzidas no Brasil e do custo.

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