Secretária de saúde e diretor de PA são presos por crime ambiental no ES
Material infectante e lixo hospitalar foram encontrados acumulados em sala de Pronto Atendimento
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A secretária de saúde e o diretor do Pronto Atendimento Médico (PA) de Vila Valério, no Noroeste do Estado, foram detidos em flagrante nesta quinta-feira (15), por crime ambiental. Eles foram encaminhados para a prisão depois que a justiça constatou acúmulo de lixo hospitalar e infectante em uma sala da unidade de saúde.
De acordo com funcionários do local, o serviço de coleta de lixo hospitalar foi suspenso no município há três meses e desde então o lixo acumulado era colocado na sala. Também eram levados para lá o lixo produzido em farmácias e laboratórios da cidade.
O Ministério Público do Espírito Santo já investigava a coleta e a destinação de lixo hospitalar na cidade. Em junho deste ano, o prefeito de Vila Valério já tinha sido notificado a informar a situação do descarte deste tipo de material.
Na época, o prefeito David Ramos informou que havia uma empresa contratada para a realização do serviço. Mas, de acordo com o promotor de Justiça Carlos Eduardo Rocha, que foi ao PA e constatou o acúmulo do material, “a sujeira e o mau-cheiro no local eram impressionantes''. [...] O que encontramos nesse PA demonstra claramente que a informação encaminhada não procede”.
No local foi constatado acúmulo de sacos de lixo com seringas usadas, curativos, luvas e gases sujos de sangue, o que resultou na prisão em flagrante da secretária de Saúde de Vila Valério, Katiucy Tetzner Muller, e do diretor do PA, Euclides Pansini.
A prisão foi feita pelo Ministério Público do Estado (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Vila Valério, com o apoio da Polícia Militar. Eles foram conduzidos para a delegacia, onde pagaram fiança no valor de R$ 2 mil, e responderão ao processo em liberdade.
OUTRO LADO
Em nota, a prefeitura de Vila Valério declarou que a secretária de saúde já havia tomado todas as medidas cabíveis para sanar o problema e que o prefeito já tinha ciência dos fatos. Segundo a prefeitura, a situação já seria solucionada por meio da empresa que iria fazer o serviço de remoção dos resíduos e que os recipientes onde estavam os dejetos eram apropriados e seguros, não oferecendo risco ambientais ou riscos para a saúde pública.
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