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Cidades

Mudanças na rotina alimentar exigem cuidados

Especialistas alertam que deixar de comer carne sem um plano alimentar não garante uma alimentação saudável


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Imagem ilustrativa da imagem Mudanças na rotina alimentar exigem cuidados
- |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

A dieta vegetariana pode proporcionar diversos benefícios aos adeptos, mas exige cuidados. Especialistas alertam que deixar de comer carne sem um plano alimentar com substituição de fontes de nutrientes não garante uma alimentação saudável.

O nutrólogo Roger Bongestab alerta que, sem acompanhamento profissional, uma pessoa que adota dietas sem carne podem ter deficiências nutricionais. Não se deve seguir dietas de parentes, vizinhos ou famosos, explica. 

“Sempre digo que, primeiramente, nunca se deve fazer uma dieta da própria cabeça ou seguir a de outra pessoa. É necessário buscar um profissional da área da nutrição para orientação. Dietas sem carne e outros alimentos de origem animal podem causar deficiências nutricionais, se feitas de forma errada”.

Essa falta de nutrientes, como a vitamina B12, pode causar desequilíbrio no funcionamento de todo o corpo, explica a nutricionista Juliana Tinelli. Com orientação profissional, a saúde será potencializada com as dietas vegetarianas. 

“Não é só deixar de comer carne. Temos que acompanhar exames e buscar formas de suplementação, de acordo com os sinais de cada indivíduo. A falta da vitamina B12, presente nas carnes, por exemplo, pode causar anemia e desequilibrar o sistema imunológico. É preciso elaborar um plano alimentar e, quando necessário, fazer suplementação”.

A autônoma Cristiany Gonçalves, 39, é vegetariana há cerca de oito anos e conta que foi motivada  à adoção por questões de saúde relacionadas ao seu filho Magno, 11, que passava mal ao comer carne e tomar leite, e por questões religiosas. 

“Com acompanhamento e informação, podemos fazer a substituição da carne e nunca tivemos problemas de deficiência de vitaminas”, ressalta.

Leia Mais: Espírito Santo já tem 500 mil pessoas que não comem carne

Ultraprocessados 

Cada vez mais populares em prateleiras de supermercados, as salsichas, os hambúrgueres, os empanados e os biscoitos feitos sem ingredientes de origem animal também possuem aditivos prejudiciais à saúde, alerta a nutricionista Mônica Morgado. 

“Os ultraprocessados veganos acabam tendo muita gordura hidrogenada de adição, sódio e outros aditivos alimentares que prejudicam a nossa saúde. Eles não devem ser a base da alimentação. O consumo deve ser de moderado a baixo”, alerta.

Até pizza, hambúrguer e bolo sem leite e ovos

Cozinhar receitas deliciosas, além de um passatempo, é uma forma de manter a adesão à rotina alimentar sem produtos de origem animal. Dá até para fazer lanches como hambúrguer, pizza e bolo sem leite e ovos. 

A nutricionista Alessandra Job explica que a comida não deve cumprir apenas funcionalidades do corpo: ela deve ser fonte de prazer. Para isso, é possível fazer lanches deliciosos e saudáveis sem ovos e leite.

“Encontrar prazer na comida facilita a transição para um plano alimentar vegetariano. Fazer bolinhos e hambúrgueres, por exemplo, pode ser uma forma de encontrar fontes de prazer. As preparações de hambúrguer feitas em casa, com lentilha ou ervilha in natura, são minimamente processadas e não fazem mal”. 

Já o nutrólogo Roger Bongestab analisa que não há processos químicos ou conservantes quando prepara-se, por exemplo, um hambúrguer de grão-de-bico, uma pizza vegana com recheio de tofu e um bolo com leite vegetal e amido de batata e tapioca. 

“Hambúrguer de grão-de-bico e de ervilha, além de pizzas veganas, são saudáveis quando feitos em casa. São receitas feitas com alimentos frescos, que se transformam em um prato. Não há adição de conservantes ou processos químicos e físicos para fazê-los durar mais e, por isso, podem ser consumidos com moderação”.

Experiências sem carne

Família vegetariana

Imagem ilustrativa da imagem Mudanças na rotina alimentar exigem cuidados
- |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O casal Ding Xinyong, 60, e Xie Shugin, 58, adotou o vegetarianismo desde a juventude e seus dois filhos, Ding Hawting, 35, e Ding Yih An, 32, cresceram sem comer carne. Para a família, esses hábitos alimentares são associados à elevação espiritual.

“Pela dificuldade de encontrar cardápios sem carne e temperos como alho, cebola e cebolinha, meus pais fundaram um restaurante vegetariano  em Vitória.  Acreditamos que a alimentação sem tais ingredientes é mais leve e relacionada à nossa prática de elevação espiritual”.

Toda vida importa

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- |  Foto: Leone Iglesias/AT

O bancário André Machado, 37, se tornou vegano há cerca de quatro anos, após se conscientizar sobre a crueldade animal por trás da indústria da carne. 

Sua esposa, a secretária escolar Jacqueline Regatieri, 32, foi uma influência para a adoção da filosofia de vida do bancário. Jacqueline é vegetariana desde a infância e vegana há quatro anos.

“Nunca tinha refletido sobre a questão, até que minha esposa me conscientizou sobre o sofrimento animal por trás da indústria da carne. Isso me despertou empatia. Os animais querem viver e ser livres”.

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