Morre Heloisa Jahn, uma das principais tradutoras do país, aos 74 anos
Ela traduziu romances de clássicos como George Orwell e Charles Dickens
Escute essa reportagem
A tradutora e editora Heloisa Jahn, uma das mais reconhecidas profissionais de seu campo no país, morreu em sua casa, nesta segunda-feira, de causa ainda não divulgada.
Jahn tinha no currículo a tradução de nomes basilares da literatura em espanhol, como Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Ricardo Piglia e Julio Cortázar, de quem foi amiga.
Do inglês, traduziu romances de clássicos como George Orwell e Charles Dickens e acabou de publicar uma versão bilíngue dos poemas de Louise Glück, vencedora do Nobel de literatura.
Gaúcha nascida em Montenegro, a tradutora passou boa parte da juventude no seu estado natal e se mudou para São Paulo aos 20 anos, para cursar filosofia na Universidade de São Paulo.
Na década seguinte, durante a ditadura militar, foi detida e interrogada e decidiu se exilar em Paris de 1970 a 1977, onde afiou suas habilidades com diversos idiomas.
Voltou a São Paulo em 1985 e trabalhou pelos quase 40 anos seguintes em editoras de proa como Brasiliense, Companhia das Letras e Cosac Naify, até o ano de encerramento da editora. Depois, se aposentou e passou a se dedicar sobretudo à tradução.
Comentários