X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Moradores de Bento Ferreira reclamam de invasão de caramujos

Infestação do molusco estaria acontecendo em casas e empresas. Há risco de doenças graves


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Moradores de Bento Ferreira reclamam de invasão de caramujos
Caramujos africanos estão infestando diversos imóveis no bairro. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Caramujos africanos estão subindo pelas paredes. Essa é a realidade de áreas no bairro Bento Ferreira, em Vitória, invadidas pelos moluscos. Um terreno baldio  pode ser o foco da infestação. O local contém uma árvore e as folhas no chão servem de alimento para os bichos.    

O contador  Erley Valentin denunciou a situação da infestação dos caramujos.  Segundo ele, o foco é em um terreno baldio ao lado de sua empresa, que também acabou sendo invadida pelos moluscos.

“A invasão dos caramujos está atrapalhando a nossa vida.  Há cerca de dois meses, começou a  infestação  no terreno ao lado. Já ligamos  para a prefeitura notificar o dono do terreno do lado, pois isso é caso de saúde pública. Pedimos ações para ter um controle efetivo para  eliminação desta praga, evitando a proliferação e evitando as doenças causadas pelo caramujo”, destacou.

Indignado, um psicólogo, de 75 anos,  que não quis se identificar, também teve a  casa invadida pelos caramujos, vindos do terreno baldio. Para eliminar  os bichos, o morador adotou algumas iniciativas. 

“Já comprei cinco quilos de sal. Sal grosso. Porque quando ele ingere o sal,  ele desidrata e morre. Com a chuva, acabou dissolvendo o sal, mas acabei eliminando um pouco”, contou. 

O “caramujo gigante africano” é um molusco da família Achatinidae que foi introduzido de forma ilegal no Brasil na década de 80 como opção ao escargot, mas não obteve sucesso, então os criadouros foram abandonados e os animais foram descartados de forma equivocada na natureza.

“Eles transmitem doenças após se infectarem com fezes de ratos, já que comem de tudo, até plástico. Entre as doenças estão a angiostrongilíase abdominal, que tem a capacidade de infectar os humanos a partir de um verme que pode ser deixado nas fezes desses caracóis; e a angiostrongilíase meningoencefálica, um tipo de meningite”, alertou o mestrando em Biologia Animal pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o biólogo Daniel Motta.

Procurada, a  Prefeitura de Vitória informou  que vai mandar uma equipe ao local para solucionar o problema. Disse ainda que os cidadãos podem ligar para o telefone 156 para avisar  sobre situações como essa. “Orienta que o cidadão não toque no caramujo  e que, ao encontrar infestação, entre em contato com a prefeitura por meio do Fala Vitória, de forma on-line ou  pelo telefone 156”, diz a nota. 

Especialista alerta para perigo

Imagem ilustrativa da imagem Moradores de Bento Ferreira reclamam de invasão de caramujos
Caramujo deve ser recolhido sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. |  Foto: Leone Iglesias/AT

A infectologista  Martina Zanotti  explicou que o caramujo pode transmitir dois tipos de doenças. “O caramujo africano pode causar a meningite eosinofílica, que é causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis; e a angiostrongilíase abdominal, que é causada pelo verme Angiostrongylus costaricensis.  O contágio pode causar o comprometimento mental e a perda  da visão”, esclareceu. 

Para evitar o contágio, a infectologista aconselha  ao morador a ter cuidado ao recolher o  caramujo dos terrenos. 

“Devemos recolher os caramujos dos terrenos (quintais, jardins, etc) sempre com luvas descartáveis ou sacos plásticos. Para matá-los, deve-se queimá-los dentro de latas ou tonéis. Depois quebrar as conchas e enterrá-las”, afirmou.

Descarte 

A infectologista reforça que os moradores devem adotar cuidados no momento em que estiverem  manuseando os caramujos e faz alertas para a população.   

“Não devemos colocar os caramujos no lixo, pois poderão estar transferindo a infestação para outros locais. Não devemos deixar nos terrenos telhas, tijolos, sobras de construções ou excesso de plantas até porque  servem de criadouros para   mosquitos da dengue.”

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: