Capixaba discriminada em entrevista por ser mãe diz ter medo de processar empresa
Moradora de Cariacica disse que nem a empresa nem o recrutador tentaram contato após a repercussão do caso
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Dias após ser ofendida por um recrutador durante uma seleção para vaga de emprego, a analista de RH Samara Braga, 32, revelou estar apreensiva com a situação.
"Não é a primeira vez que isso acontece. Provavelmente, ainda vou passar por isso. Me sinto indignada, mas tenho esperança de que depois dessa exposição pensem duas vezes antes dizer algo a uma mulher", desabafa.
O caso, divulgado no início deste mês pela profissional, chamou atenção pelo teor ofensivo das mensagens enviadas pelo profissional responsável pela contratação.
Na ocasião, o recrutador atrasou mais de três horas para fazer uma entrevista marcada com ela, respondeu de forma debochada em relação à demora e ainda enviou mensagens em tom ofensivo sobre o desemprego dela e ao mencionar a maternidade da profissional.
Ela disse que nem a empresa nem o recrutador tentaram contato após a repercussão do caso.
Embora tenha direito de abrir um processo, a profissional descarta essa opção. "Poderia entrar com um processo por danos morais, mas tenho medo do que isso possa me causar psicologicamente", conta.
Até o momento, Samara recebeu somente uma proposta formal de emprego. Ela participou do processo seletivo, mas ainda não recebeu resposta. Enquanto não consegue um trabalho fixo, vende pudins na cidade de Cariacica.
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