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Cidades

Capixaba comemora aniversário de 40 anos no Everest

Servidora pública realizou sonho e subiu 5 mil metros acima do mar e enfrentou -13º graus de temperatura até o Camp Base da montanha


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Imagem ilustrativa da imagem Capixaba comemora aniversário de 40 anos no Everest
Gabriela Zamprogno fez exercícios para se preparar para a subida |  Foto: Acervo Pessoal

“Um projeto concluído e um sonho realizado”. É assim que a servidora pública Gabriela Zamprogno resume a experiência de comemorar seus 40 anos no monte mais alto do planeta, o Everest, na Ásia, na Cordilheira do Himalaia.

Para a capixaba, natural de Colatina, Noroeste do Espírito Santo, a aventura foi a realização de um sonho desejado há anos.  

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“Sempre sonhei em conhecer o Everest. Assistia a programas na televisão sobre montanhistas que faziam essa viagem, e viver isso  é algo indescritível para mim, ainda mais no meu aniversário de 40 anos. Um  sonho realizado”, conta.

A montanha fica no território de cinco países (China, Nepal, índia, Paquistão e Butão) e tem mais de 8 mil metros de altura.

O Everest é um ponto de encontro para montanhistas profissionais e aventureiros de diversos países que encaram, assim como a servidora capixaba, a longa caminhada, queda brusca de temperatura, dificuldade de respiração, noites mal dormidas e o cansaço físico em troca de histórias incríveis em um dos lugares mais extremos da Terra. 

“Foi uma viagem que deixou muitas histórias. Tive de tomar quatro litros de água por dia, peguei sensação térmica de -17ºC, mas tudo isso já era esperado. Um fato que fugiu totalmente do planejado foi a explosão no avião de volta para casa, por conta de um pássaro que atingiu uma das turbinas e causou fogo logo depois da decolagem. Esse foi um dos momentos mais aterrorizantes da viagem e da minha vida.”, disse.

Sonho que demanda condicionamento físico e preparação emocional

Quem pensa que chegar ao Base Camp do Monte Everest é uma tarefa fácil, se engana. 

Enfrentar temperatura negativa em alta altitude, durante  quase dez dias de caminhada, demandam muito preparo físico e emocional. E foi o que a servidora capixaba fez  para concretizar seu projeto.

O personal trainer Lorhan Mascarenhas explica a importância do bom preparo físico para atletas que desejam encarar práticas como o Trekking. 

“É muito importante que pessoas que desejam praticar atividades como a subida do Everest estejam em boas condições físicas. O ideal é realizar de 6 a 7 treinos por semana, de uma hora e meia, duas horas diárias”, aconselhou.  

O profissional da saúde destacou o tipo de exercício recomendado para a prática. 

“É interessante que haja uma mescla de exercícios de força e cardiorrespiratórias. Além disso, se possível, a realização de treinos em terrenos irregulares ajudam a ter uma perspectiva mais próxima da realidade experimentada na montanha”, diz.

Além do bom condicionamento físico, o preparo emocional é um fator importante que deve ser levado em conta em práticas como essa, explica a psicóloga Julia Carone.

“Ao acolher as emoções, a pessoa pode desenvolver estratégias para lidar com o medo, a ansiedade e a frustração, questões que surgem no processo”, diz. 

 “O mindfulness e o escaneamento corporal são técnicas que podem auxiliar os atletas a focalizar a atenção no momento presente e compreender as respostas fisiológicas e emocionais atuais”, recomendou a profissional.

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Gabriela Zamprogno: “A minha preparação foi praticar triatlo”

A Tribuna – Como foi a preparação para o Trekking? 

Gabriela Zamprogno – Minha preparação foi o triatlo – natação, ciclismo e corrida –, que pratico desde 2020. Vi nessa atividade uma maneira de ganhar condicionamento físico, porque a gente treina força, cardio e constância.    

Há quanto tempo planejou a viagem? Já teve outras experiências desse tipo?

Comecei a planejar essa viagem em 2018, quando voltava do Peru, depois de fazer o meu primeiro trekking – atividade física de caminhada por trilhas em montanhas. Foi lá que a ideia surgiu, mas o sonho é desde a infância.

Qual o maior desafio que você sentiu durante a caminhada?

Tenho fibromialgia, então a maior dificuldade que senti foi de dormir em condições de temperatura tão baixas, devido à dor. Outra coisa foi a quantidade de roupas que precisava usar, me sentia claustrofóbica. A altitude já dificulta, por si só, a respiração. 

Como se sentiu ao alcançar a chegada? Tem uma próxima aventura? 

É uma experiência  difícil de descrever. Nem acreditei ao chegar no Base Camp, foi um sonho realizado. Futuramente, tenho planos de conhecer a África em uma próxima viagem.

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