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Brasil

Por que a Guarda Suíça protege papas e o Vaticano há mais de 500 anos?


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Imagem ilustrativa da imagem Por que a Guarda Suíça protege papas e o Vaticano há mais de 500 anos?
Com mais de 500 anos, a Guarda Suíça Pontifícia, responsável pela proteção do papa e do Vaticano, foi fundada em 1506.

Fundada em 1506, e considerada uma forças de segurança armada mais antigas do mundo, a centenária Guarda Suíça Pontifícia é um elemento importante na história e no funcionamento atual do Vaticano.

Os homens desta tradicional instituição, que juram lealdade e devoção aos pontífices e à Santa Sé, são os responsáveis pela manutenção da ordem da sede do governo pontifício, como também pela segurança pessoal do papa e do Colégio Cardinalício em períodos de vacância.

Parte integrante desta paisagem sacra, esses soldados se encontram em pontos estratégicos, nas entradas da cidade do Vaticano, na Praça São Pedro ou nos corredores da igreja que abriga a Capela Sistina.

Essa escolta foi realizada por apenas 42 dos 189 integrantes da tropa, porque os demais 147 guardas morreram em combate. Por conta deste dia, a Guarda Suíça jurou lealdade e proteção ao papa e ao Vaticano, mesmo que isso custasse a própria vida de seus membros.

Também por conta deste episódio, cerimônias de recrutamento de novos soldados - que conta com a presença do papa - são realizadas sempre no dia 6 de maio. Neste mesmo dia, também se presta homenagem para os 147 guardas suíços mortos com a tradicional cerimônia de colocação da coroa.

Para se tornar guarda, não pode ser casado nem 30+

A Guarda Suíça exige critérios específicos para quem deseja fazer a segurança do papa e do Vaticano. Além de ser homem e cidadão o suíço, os requisitos para ingressar nesta força incluem ter curso militar do Exército Suíço, ser católico praticante e, obrigatoriamente, ter entre 19 e 30 anos.

Outra condição importante é que os candidatos precisam ser celibatários no momento do ingresso à guarda, ou seja, não podem estar casados antes de se tornar um agente de segurança do Vaticano. Caso queiram ter matrimônio enquanto atua pela Guardar, precisam ter mais de 25 anos, já terem servido pelo menos cinco, e têm de continuar na guarda por mais três anos, no mínimo.

Além disso, os futuros agentes precisam ter boa saúde, reputação impecável - que inclui não ter antecedentes criminais - e altura mínima de 1,74m.

O processo seletivo é constituído de várias etapas, que avaliam os candidatos quanto à saúde física e mental, a personalidade que possuem, a reputação e o histórico de envolvimento com a comunidade paroquial.

Os recrutas aprovados passam por formação de dois meses. No primeiro, vão à Ticino, uma região no sul da Suíça, localizada em uma comuna chamada Isone.

Por lá, os rapazes são submetidos a um processo de formação sobre o uso de armas, são apresentados a conceitos de Psicologia e Direito, e aprendem táticas de combate, de autodefesa e técnicas de como salvar uma vida.

Passada esta etapa, os recrutas voltam para Roma e participam de mais um treinamento no Quartel-General da Guarda Suíça Pontifícia, no Vaticano. Nesta fase, os futuros guardas têm contato com atuação específica da Guarda Suíça (uso da alabarda, marchar e usar o uniforme), e também começam a estudar o italiano e a própria Santa Sé.

“O jovem suíço deve ser aberto a uma realidade multicultural, porque vive na Cidade Eterna, lida diariamente com milhares de peregrinos, em busca de informação, e com funcionários da Santa Sé, provenientes de diversas nações. Logo, o jovem guarda deveria ter este tipo de sensibilidade”, disse Loïc Rossier, subcomandante da Guarda Suíça Pontifícia, em entrevista ao Vatican News.

Condições de admissão

  • Católico praticante (Igreja Católica Romana);
  • Cidadão suíço;
  • Sexo masculino;
  • Solteiro;
  • Idade entre 19 e 30 anos;
  • Altura mínima de 1,74 m;
  • Boa saúde;
  • Reputação impecável;
  • Ter concluído o treinamento militar básico no exército suíço;
  • Ter concluído com sucesso um curso de aprendizagem profissional ou ter obtido o diploma do ensino médio;
  • Estar disposto a prestar serviço por pelo menos 26 meses;
  • Ter carteira de habilitação

Rotina inclui proteção em viagens, banda e até futebol

A Pontifícia Guarda Suíça tem a missão de zelar pela segurança do líder da Igreja Católica e de sua residência de forma constante. O que significa que os guardas também participam das viagens apostólicas realizadas pelos papas. Estas, no entanto, são feitas apenas por oficiais superiores e oficiais subalternos.

A guarda também é responsável pela vigilância em audiências e cerimônias na Igreja quando o pontífice está presente, e também têm a missão de proteger o Colégio Cardinalício quando a Santa Sé estiver vaga - como é o caso, neste momento entre a morte do papa Francisco e o conclave para eleger o sucessor.

Os guardas ficam encarregados ainda de monitorar todas as entradas oficiais da Cidade do Vaticano, realizar o controle de acesso das pessoas ao local e, no caso de visitas de figuras públicas e políticas relevantes, como presidentes e primeiros-ministros, receber o convidado com honras militares.

Enquanto fornecem proteção pessoal ao papa, os guardas estão uniformizados, e os oficiais utilizam trajes civis.

A rotina de um membro da Guarda Suíça não se resume somente à proteção e vigilância do papa e dos membros do Vaticano. Os agentes precisam praticar a fé católica, e podem desfrutar de atividades esportivas e artísticas nos períodos livres.

Uma destas opções é bater uma bola no time de futebol da Guarda, o FC Guardia. A equipe disputa até o torneio anual do Vaticano, enfrentando equipes dos guardiões dos museus ou da Gendarmaria, outra força de segurança que atua na Santa Sé.

Outra alternativa é entrar para a banda de Guarda, aprender um instrumento de sopro e se apresentar com o grupo em eventos festivos, como o Natal.

Uniformes foram definidos por comandante há um século

O tradicional uniforme da Guarda Suíça, na coloração azul, vermelho e amarelo é chamado de “Uniforme de Gala”. O modelo carrega as cores dos Médici, importante e poderosa família da região da Toscana, e deve a sua popularidade ao comandante Jules Repond, oficial que esteve à frente da guarda entre 1910 e 1921, e foi o responsável o modelo atual da vestimenta.

Mas a guarda usa variações de uniformes e adereços diferentes para cada tipo de evento. Durante a ordem pública, por exemplo, luvas brancas são usadas. No caso de realizar serviços de honra durante cerimônias do pontífice, se utiliza um capacete preto. Em datas importantes para a Igreja Católica, como Páscoa e Natal, e nas cerimônias de juramento, é adicionada uma armadura do século XVII para completar o uniforme de gala.

As vestes também variam de acordo com a hierarquia na guarda. Em determinadas ocasiões, os alabardeiros (guardas que carregam uma arma chamada alarbade) utilizam um colarinho e luvas brancas, além deum capacete prateado com uma pena vermelha.

Já a pena roxa escura é utilizada por oficiais, enquanto a pena branca, por comandantes e o sargento, a depender da ocasião.

No inverno, em dias de frio e de chuva, a guarda utiliza um manto por cima do uniforme de gala para proteger a roupa e seus outros elementos. E nos períodos noturnos e nos treinos, o tradicional uniforme de três cores dá lugar para o chamado uniforme de exercício, caracterizado por ser inteiramente azul.

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