Internações de bebês por problemas respiratórios bateram recorde em 2023
Maiores taxas de internações foram registradas nas regiões Sul e Centro-Oeste
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Internações de bebês menores de um ano por doenças respiratórias como pneumonia, bronquite e bronquiolite atingiram recorde no último ano, segundo levantamento Observa Infância, da Fiocruz e Unifase, com base em dados do SUS (Sistema Único de Saúde) de 2008 a 2023.
O relatório mostrou que, em 2023, foram registradas 153 mil internações de crianças da faixa etária, uma média de 419 hospitalizações diárias, representando um aumento de 24% em relação ao ano anterior e o maior patamar atingido nos últimos 15 anos.
De acordo com o documento, foram necessários R$ 154 milhões para tratamento das crianças internadas durante o ano passado. Em 2019 os custos para a mesma finalidade foram de R$ 101 milhões.
As taxas de internação por região mostravam tendência de queda das internações por doenças respiratórias até 2016, apontou o estudo.
Logo após o início da pandemia de Covid, em 2020, as hospitalizações de crianças menores de um ano apresentaram queda média de 340%. No entanto, nos anos seguintes os aumentos foram constantes até atingirem o pico da série histórica em 2023.
As maiores taxas de internações foram registradas nas regiões Sul e Centro-Oeste e podem estar associadas às queimadas, clima seco e ao frio intenso, segundo o observatório.
"A redução na vacinação contra doenças respiratórias, possivelmente devido à pandemia de Covid-19, e as condições climáticas extremas podem ter contribuído para a vulnerabilidade dos bebês a infecções respiratórias graves", afirma Cristiano Boccolini, pesquisador e coordenador do Observa Infância.
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