Tecnologia avança e muda sorriso em menos tempo
Aparelho chamado Hilotherm reduz o tempo de recuperação de cirurgias no maxilar de até duas semanas para cinco dias
Escute essa reportagem
Uma nova tecnologia promete ajudar pacientes em recuperação de cirurgias ortognáticas (do maxilar). Trata-se da máquina resfriadora alemã Hilotherm que, segundo o fabricante e especialistas, reduz o tempo de recuperação de até duas semanas para cinco dias.
O empresário Ruan Erik de Lima Oliveira, 24 anos, começou a desenvolver uma assimetria em seu rosto por volta dos 13 anos. A cirurgia para correção só ocorreu recentemente e ele foi o primeiro no Espírito Santo a usar a Hilotherm.
De acordo com o cirurgião-dentista Felipe Firme, o empresário tinha o diagnóstico de deformidade dentofacial, que causa desconforto estético e problemas funcionais, como assimetria da maxilla e mandíbula, excesso vertical de maxila e também possuía queixa de dificuldade respiratória.
A dentista cirurgiã bucomaxilofacial Gabriela Mayrink conta que como a Hilotherm, que é uma espécie de máscara, fica passando água de forma contínua, ela acaba fazendo uma leve drenagem.
“O paciente incha o menos possível, o que faz com que ele sinta menos dor. Claro que a técnica cirúrgica é o mais importante e tem a fisioterapia. Mas essa máquina entra como um coadjuvante bem interessante, com a tecnologia inovadora”.
Pedro Ivo Tassis, que por meio da empresa Reprocir representa a Hilotherm no Espírito Santo, conta que a utilização da tecnologia está disponível para os capixabas por meio de protocolos de 72h de uso contínuo de equipamento e acessório anatômico. Os valores variam de R$ 2.500 a R$ 4.200, de acordo com a área a ser tratada.
“A máquina é programada digitalmente e a água circula no interior de acessórios anatômicos específicos para as áreas do corpo a serem tratadas. O protocolo recomendado é temperatura constante de 15ºC”, informa.
Pedro Ivo explica ainda que planos de saúde já autorizam em alguns casos ou os pacientes fazem a contratação por meio dos médicos que os acompanham.
O empresário Ruan Erik conta que usou a máscara por cinco dias. “É simples de usar e ajuda muito no pós-operatório. Precisei usar os medicamentos e fazer fisioterapia. Não precisa ficar trocando a máscara toda hora, algo que teria que ser feito com a bolsa de gelo”.
Cenas do tratamento
Saiba mais
Fabricante
A Hilotherm, através da hiloterapia, é a única tecnologia no mercado mundial que substitui a tradicional utilização de gelo para recuperação pós-operatória.
A utilização da Hilotherm está disponível para os capixabas por meio de protocolos de 72 horas de uso contínuo de equipamento e acessório anatômico, os valores variam de R$ 2.500 a R$ 4.200, de acordo com área a ser tratada.
Por meio de uma máquina, resfria a água que circula no interior de acessórios anatômicos específicos para as áreas do corpo a serem tratadas, sendo programada digitalmente.
O protocolo recomendado é temperatura constante de 15ºC.
Planos de saúde já autorizam em alguns casos ou os pacientes fazem a contratação por meio dos médicos que os acompanham.
Hiloterapia
Hiloterapia já é amplamente utilizada na especialidade de bucomaxilofacial, uma vez que os especialistas atuam com cirurgias de trauma de face, cirurgia estética da face, reconstruções, reabilitações e correções de deformidade ou ressecção de tumores benignos na face.
Nos primeiros dois dias do pós-operatório é que ocorre o pico da inflamação e acontece o inchaço.
Uma vantagem da máquina é que ela consegue regular a temperatura, o que não é possível fazer com as bolsas de gelo.
Indicações
A redução precoce ou o surgimento de pouco edema (inchaço) é importante para o retorno precoce de maior oferta de oxigênio nos tecidos danificados.
Em cirurgia bucomaxilofacial, principalmente as de maior porte, mesmo com todo o cuidado é natural que o paciente evolua com edema.
O edema excessivo faz com que o suprimento de oxigênio fique levemente prejudicado e o calor local provocado pelo inchaço e processo inflamatório reduz a capacidade de oxigenação do tecido.
Da mesma forma, o excesso de gelo também não é bom, porque pode causar uma constrição excessiva dos vasos, reduzindo também a oferta de oxigênio e capacidade do organismo de fazer a troca sanguínea local, importante para o processo de regeneração da área.
Fonte: Pedro Ivo Tassis e especialistas consultados.
Próteses inovadoras estão chegando ao Espírito Santo
Próteses inovadoras estão chegando ao Estado para dar mais qualidade de vida a pacientes que fazem tratamento de vários tipos de câncer que atingem a face e podem causar deformidades.
Uma equipe multidisciplinar está sendo formada para realizar os atendimentos em Vitória. Atualmente, os pacientes precisam se deslocar para cidades como Belo Horizonte, São Paulo e Curitiba para fazer o tratamento.
“Estamos estruturando uma rede que funcione, principalmente para o paciente do SUS, que é o que mais precisa. Todo mundo ganha. A gente, como profissional, porque consegue entregar um serviço de qualidade, e o paciente, sem dúvida, é o que mais ganha”, afirma a dentista oncológica Beatriz Coutens.
A dentista explica que ou o custo é do próprio paciente ou na maioria das vezes acaba sendo judicializado e pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Recentemente, um paciente oncológico de Vitória precisou fazer o tratamento em Curitiba, segundo Beatriz Coutens.
“Ele acabou conseguindo judicialmente e, a princípio, a dentista de Curitiba veio a Vitória para uma primeira consulta e depois o Estado pagou para que ele fosse a Curitiba para finalizar. Então, é uma coisa que facilita muito se a gente tem isso dentro do Estado. E é esse o nosso objetivo”.
O cirurgião de cabeça e pescoço Marco Homero de Sá explica que profissionais dessa especialidade médica é que abordam cirurgias de câncer de pele com lesões maiores, com metástase ou risco de sequela estética, como amputação parcial ou total do nariz, retirada de olho e amputação de orelha, por exemplo.
Porém, as próteses, segundo os profissionais, são feitas por dentistas. Por isso, a importância de equipes multidisciplinares atuarem no Estado.
“Dependendo do tipo de prótese, não dá para fazer automático, porque vamos supor que o paciente vai precisar de quimioterapia ou radioterapia. E o estudo feito antes é importante, por isso que é um trabalho em equipe, que é o que nós estamos montando agora”.
Comentários