Reforço contra Covid-19 está disponível para 619 mil no ES
Quem tem mais de 60 anos e pessoas com comorbidades acima dos 12 anos devem ser imunizados com nova dose da bivalente
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Após a identificação de duas novas sublinhagens de uma variante da covid-19 no País, a JN.1 e a JN.3, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a recomendação de nova dose de reforço com a vacina bivalente para quem tem mais de 60 anos e pessoas com comorbidades acima dos 12 anos.
No Espírito Santo, segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, há mais de 619 mil pessoas com mais de 60 anos. Destas, quem estiver apto a tomar a nova dose de reforço já pode procurar as unidades de saúde.
A dose de reforço pode ser tomada por quem recebeu a última dose do imunizante há mais de seis meses. “Um detalhe importante é que a pessoa não precisa ter tomado a vacina da Pfizer para receber o reforço, pode ser qualquer vacina, desde que ela esteja no grupo prioritário”.
A recomendação de antecipação foi dada pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (06). Segundo a pasta, a JN.1, inicialmente detectada em exames realizados no Ceará, vem ganhando proporção global. Já a sublinhagem JN.3, também verificada recentemente no estado nordestino, vem sendo monitorada pelo ministério nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás nos últimos meses.
Em abril deste ano, a dose de reforço com a vacina bivalente foi ampliada para toda a população acima dos 18 anos.
Até a tarde de quinta-feira (07), segundo dados do painel Trabalha, Vacina e Confia do Governo do Estado, 636.057 pessoas haviam tomado a dose da vacina bivalente.
“Esse percentual é de 15,47%, sendo que a meta é chegar a 90% do público alvo. Temos mais de 1 milhão e 200 mil pessoas que deveriam receber essa bivalente”, destaca Orlei.
A pneumologista Jessica Polese explica que o SARS-CoV (vírus da covid) tem como característica produzir uma imunidade pela vacina ou pelo vírus, mas a imunidade cai após três meses.
“Esse reforço serve de prevenção dessas novas variantes e das anteriores, e também para aumentar a cobertura vacinal. Quanto mais gente vacinada, menor é a circulação do vírus e a contaminação. Estamos com baixa adesão à vacina bivalente e com novas cepas circulando, por isso é importante manter essa vacinação em dia”, explicou.
Em outubro, o Ministério da Saúde anunciou, para 2024, a inclusão da vacina covid-19 pediátrica no calendário nacional de vacinação e a imunização da população de alto risco para agravamento da doença.
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Reforço
Diante da identificação de duas novas sublinhagens do vírus da covid-19 no País, o Ministério da Saúde passou a recomendar uma nova dose da vacina bivalente para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos que tenham recebido a última dose do imunizante há mais de seis meses.
No Espírito santo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), quem estiver no grupo prioritário da nova vacinação já pode ser imunizado nas unidades de saúde.
Pelo menos 619 mil idosos podem se vacinar no Estado com a nova dose de reforço.
Novas sublinhagens
A recomendação para a aplicação da nova dose de reforço acontece devido à identificação de duas novas sublinhagens de uma variante da covid-19 no Brasil: JN.1 e JN.3.
A JN.1, inicialmente detectada em exames realizados no Ceará, vem ganhando proporção global, correspondendo a 3,2% das detecções no mundo.
Já a sublinhagem JN.3, também verificada recentemente no estado nordestino, vem sendo monitorada pelo ministério nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás nos últimos meses. As subvariantes já foram encontradas em 47 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vacinação em 2024
Em outubro, o Ministério da Saúde anunciou, para 2024, a inclusão da vacina covid-19 pediátrica no calendário nacional de vacinação e a vacinação da população de alto risco para agravamento da doença.
A pasta já está adquirindo vacinas para o calendário do próximo ano. O novo contrato prevê o fornecimento das versões mais atualizadas dos imunizantes, desde que aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: Ministério da Saúde e Sesa.
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