Médico é indiciado por dopar, abusar e fotografar colegas e pacientes
Investigações começaram em março deste ano
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Um médico de 37 anos foi indiciado nesta quinta-feira (14) pela Polícia Civil por crimes de importunação, assédio sexual e registro não autorizado da intimidade. Os casos aconteceram em Contagem (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
As investigações começaram em março de 2024. Uma vítima, ex-funcionária da clínica onde o médico trabalhava, identificou imagens íntimas de mulheres em um celular corporativo.
Segundo a polícia, o médico dopava as mulheres, cometia abusos sexuais e fazia registros fotográficos delas. Entre as vítimas, estavam funcionárias e pacientes da clínica oftalmológica onde o médico trabalhava, além de clientes da academia que ele frequentava.
Durante as investigações, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na clínica e na residência do médico. Aparelhos eletrônicos e uma câmera espiã foram apreendidos durante os trabalhos. "Inúmeras fotos de mulheres foram localizadas nos eletrônicos apreendidos no local, incluindo fotografias com foco nas partes íntimas das vítimas, que foram registradas sem que elas percebessem", afirmou a delegada Mellina Clemente, responsável pela investigação.
Duas vítimas já foram identificadas pela polícia. Uma delas disse que "ficou surpresa ao se reconhecer em diversas fotos encontradas nos eletrônicos do investigado", segundo a delegada.
A polícia já pediu a prisão do homem, que está foragido. Segundo a polícia, seus familiares afirmaram que ele saiu do país de forma definitiva. A PC concluiu o inquérito e afirmou ter remetido o procedimento à Justiça.
Como o nome do acusado não foi divulgado, o UOL não conseguiu localizar sua defesa. O espaço permanece aberto.
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