Lula sanciona lei que cria Dia Nacional da Pastora e do Pastor evangélico
Palácio do Planalto explica que a legislação pretende reconhecer e valorizar o trabalho e a contribuição das lideranças religiosas evangélicas no país
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O presidente Lula (PT) sancionou nesta segunda-feira (16) a lei que cria o Dia Nacional da Pastora Evangélica e do Pastor Evangélico. A data será comemorada anualmente no segundo domingo do mês de junho.
O texto foi publicado na edição desta segunda-feira (16) do Diário Oficial da União.
De acordo com o Palácio do Planalto, a legislação pretende reconhecer e valorizar o trabalho e a contribuição das lideranças religiosas evangélicas no Brasil.
A lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e teve autoria do ex-deputado federal por Goiás João Campos. Relatada pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), a matéria foi aprovada na Comissão de Educação e Cultura do Senado em 13 de agosto.
"A sanção oferece uma oportunidade oficial para reconhecer e valorizar o trabalho das pastoras e pastores evangélicos, destacando sua contribuição para as comunidades e a sociedade", diz.
O Dia Nacional da Pastora Evangélica e do Pastor Evangélico já é comemorado em igrejas e consta no calendário oficial de alguns municípios. De acordo com os dados do Censo de 2010, pouco mais de 22% da população se declarava evangélica. Os dados sobre religião de 2022 do IBGE estão sendo processados e ainda não foram divulgados.
Segundo levantamento do Datafolha, 31% dos brasileiros se declaravam evangélicos em 2020.
Em uma tentativa de reatar laços com o segmento, o PT lançou em agosto a "Cartilha Evangélica: Diálogo nas Eleições", formulada pela Fundação Perseu Abramo, centro de estudos da sigla, para orientar militância e candidatos no trato com evangélicos.
O documento elenca recomendações para lidar com os fiéis, como a de não encarar todos eles como fundamentalistas. O termo é associado a uma extrema direita cristã que, no Brasil, aparentou-se ao bolsonarismo.
Em abril, a Folha mostrou que Lula articulava ações para reagir contra a crise de popularidade entre os religiosos. Pesquisa Datafolha divulgada em 21 de março mostrou que o governo Lula tinha avaliação ótima ou boa de 35%, enquanto 33% consideram a gestão ruim ou péssima, e 30%, regular.
Um recorte específico junto ao público evangélico mostra que a reprovação, antes de 38% em dezembro, subiu no terceiro mês de 2024 para 43%.
OUTROS PROJETOS
Lula também sancionou o projeto que reconhece expressões artísticas, aspectos religiosos, além de reflexos e influências do cristianismo como manifestação cultural nacional.
Neste caso, o Planalto diz que "o objetivo da iniciativa aprovada pelo Congresso Nacional é assegurar que o cristianismo seja valorizado como parte importante do patrimônio cultural brasileiro, ressaltando a influência histórica e sociocultural ao desenvolvimento do país".
Outra lei sancionada reconhece Círio de Nazaré de São Luís (MA) como manifestação da cultura nacional. O evento, registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão, leva mais de 100 mil fiéis no segundo domingo de outubro à cidade de São Luís e movimenta a cidade durante todo o mês.
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